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O Mito do 12º Planeta na astronomia
sumério-mesopotâmica:
Um estudo do Selo VA 243
Introdução


Os leitores dos livros de Zecharia Sitchin, particularmente O 12º Planta (The 12th Planet), Irão logo reconhecer a imagem a baixo – Selo VA 243 (chamado assim pois é o número 243 na coleção do Museu Vorderasiatische de Berlin).
Este selo é a peça principal da teoria de Sitchin sobre o avançado conhecimento astronômico em corpos planetários dos Sumérios no nosso sistema solar. Este conhecimento foi dado aos Sumérios por extraterrestres, identificados por Sitchin como sendo os Anunnaki, os deuses da mitologia sumério-mesopotâmica.

No topo esquerdo do Selo, Sitchin acredita ser um sol rodeado por onze esferas. De acordo com a crença dos povos antigos (incluindo os sumérios, defende Sitchin) onde o sol e a lua eram chamados de “planetas”, essas onze esferas
mais o sol seriam os doze planetas. Como conhecemos apenas os nove planetas mais o sol e a lua, parte do argumento de Sitchin é que os sumérios sabiam de um planeta extra além de Plutão. Esse planeta seria Nibiru, um corpo astronômico mencionado nos textos mesopotâmicos.

O trabalho de Sitchin argumenta que Nibiru passa pelo nosso sistema solar a cada 3600 anos, e alguns de seus seguidores acreditam que Nibiru retornará em breve. Alguns chamam Nibiru de Planeta X.
Estaria Sitchin correto – no todo ou em parte? Seria Nibiru o 12º planeta que em breve retornará? O Selo VA243 provaria sua crença? Infelizmente para Sitchin e seus seguidores, a resposta é não.
O que se seguirá são observações referentes as interpretações de Sitchin sobre o Selo, parte de um documento contendo 14 páginas, com mais ilustrações e imagens detalhando o tema disponível AQUI.
Demonstrarei que o Selo VA243 não valida as ideias de Sitchin. Minhas argumentos são:
  1.       Nenhuma inscrição no selo fala sobre astronomia, Nibiru ou planetas.
  2.       A figura que representaria o sol não é o Sol, tendo como certeza que a simbologia suméro-mesopotamiana não o caracteriza dessa forma, visto em centenas de outros selos.
  3.       Não há um texto sequer alegando que o povo sumério-mesopotâmico sabia da existência de nove planetas. 


Visão

1) As Inscrições:




O selo está transliterado (de sinais Suméro-Akkadianos para inglês) na publicação principal da coleção de selos do Museu Vorderasiatische de Berlin, Vorderasiatische Rollsiegel (“West Asian Cylinder Seals”, 1940) pelo arqueologista Anton Moortgat na página 101.
  1.       dub-si-ga - - “Dubsiga” [Um nome pessoal, aparentemente de uma pessoa poderosa¹]
  2.       ili-il-la-at - - “Ili-illat” [Outro nome pessoal, dessa vez do dono do selo]
  3.       ir3-su - - “dein Knecht” [Alemão para “Seu servo”²]


2) O suposto símbolo do Sol

Simplificando, o suposto símbolo no canto superior esquerdo do selo não é o Sol e não representa nosso sistema solar. É uma ESTRELA. Temos certeza disso devido a consistente iconografia do sol na arte sumério-mesopotâmica. Caso esteja pensando “Bom, o sol é uma estrela”, saiba que os sumérios distinguiam esses dois corpos em suas obras.

Aqui é o símbolo normal do sol de acordo com os sumério-mesopotâmicos.³


Nota:  O símbolo do sol sempre tem 4 braços com linhas em formato de onda partindo do centro do círculo ou apenas um círculo com algumas ondas. O selo VA243 sem ondas não representa o Sol.


Alguns exemplos de símbolos solar. Estrelas com 6,7 ou 8 pontas - VA243 tem 6 - da arte 
sumério-mesopotâmica.

VA 243
H. Frankfort, Cylinder Seals,
Plate  XXXIII-b
H. Frankfort, Cylinder Seals,
Plate  XXVI